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RESENHA: Filme "Cavalo de Guerra" (2012)




Eu fiquei pensando tempos atrás se deveria comentar o filme Cavalo de Guerra (War Horse). Não que ele não seja bom, esteticamente sobretudo, mas a minha dúvida era se eu iria trazer alguma novidade, afinal, alguns professores que eu conheço já vem usando ele e alguns alunos já me disseram que já assistiram. De qualquer forma, quero tentar dizer algo nesta postagem sobre Primeira Guerra Mundial e as minhas impressões sobre o filme.

Trata-se de uma obra de ficção de Steven Spielberg, baseada no livro de mesmo nome de Michael Morpurgo (1982), ambientada na Europa do início de século XX, em plena Primeira Guerra Mundial. Lançado em dezembro de 2011 nos EUA e início de 2012 na Grã-Bretanha, a história é centrada em um cavalo que passa por diversos donos e lados durante a guerra, desde o seu primeiro dono Albert (Jeremy Irvine). 

De início Ted Narracott (Peter Mullan), o pai de Albert, um camponês veterano de guerra condecorado, mas doente e com problemas com bebidas, compra o cavalo em um teimoso leilão, em uma competição com o arrendador da fazenda onde mora com a família. O grande problema é que se trata de um cavalo indomado e extremamente agitado. Sem se importar com o erro inicial do pai e por já conhecer o cavalo, o filho Albert acaba convencendo a família de que conseguiria treiná-lo e usá-lo na plantação a fim de angariar dinheiro para o pagamento do arrendamento da propriedade. 

Tarefa dura, que começa a ser vencida, quando a Guerra chega ao vilarejo onde moram. Consequência disso e da falta do dinheiro da família Narracott, o cavalo é vendido aos soldados.

Aqui é que fica interessante a história e é onde professores podem trabalhar a "realidade" da Primeira Guerra. Isso porque cada um de nossos personagens, o cavalo e Alfred se separam, mostrará os conflitos de uma forma diferente: o cavalo passando por alguns donos, inclusive alemães; o moço indo à Guerra, como era de se esperar para um jovem britânico à época. Em meio à vida nas trincheiras, "terras de ninguém", tiroteios, bombardeios, tanques e gases venenosos, a saga do filme se desenrola.


Soldados britânicos de cavalaria. 
Foto de divulgação.

Claro que trata-se uma super produção de Hollywood, com muitos efeitos e ângulos muito bem trabalhados, o que causa desconforto em alguns professores - alguns preferindo meios tradicionais de mostrar a "realidade" reconstruída, ainda que como plano de fundo, em filmes "de época" ou que se dizem "históricos".

Serve o filme para alimentar a imaginação de alunos e "forçá-los" a pensar a partir do que lhes é familiar, visualmente falando. 

Este longa é também uma novidade para Spielberg, que pela primeira vez se rendeu à edição digital, deixando de lado o processo manual de trabalho direto nas fitas. É aí que o filme pode gerar também o assunto em sala de como a tecnologia vem transformando o mundo do entretenimento - daí não podendo confundir Tecnologia com Ciência


Soldados alemães encarregados de cuidar dos cavalos.
Foto de divulgação.

Enfim, há alguns anos atrás, em comemoração aos 90 anos dessa guerra, a revista Superinteressante lançou um especial, onde o Editor, Eduardo Lima, chamava a atenção para o fato de que a mesma não teria até então gerado nenhum sucesso de bilheteria, "como sua irmã mais nova, a 2ª Guerra Mundial". Pois então eis aí o seu primeiro!


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* Originalmente postado em 19/mar/2013.

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3 Comentários

  1. Reuni alguns fatos reais da história que para mim foram de pura estupidez. Escrevi então um livro como título E A ESTUPIDEZ PREVALECEU...acreditando que o exame desses fatos ajudem na ampliação da consciência e possam eventualmente evitar a repetição dessas burrices emocionais. Joston

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