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História da Índia através da arte (parte 01)





Saindo agora da China, passando as fronteiras, chegamos à Índia. Aqui nos concentraremos em obras que vão mostrar a cultura e o dia a dia indianos, que incluirá inevitavelmente sua religião (ou religiões) e seus deuses, além de seu povo.

A ideia não é fazermos uma viajem cronológica, por isso começaremos do século XIX. Nesta primeira postagem nos fixaremos numa "visão de fora", concentrando-nos em retratos da Índia produzidos por William Tayler (1808–1892), um funcionário público da Empresa da Índia Ociental que viveu na Índia de 1829 até 1867

Ele se tornou comissário de Patna em 1855 e, em 1857, se envolveu na supressão da Revolta dos Cipaios. Suas medidas contra a população local foram vistas como excessivamente agressivas por seus superiores, foi suspenso e recebeu uma nomeação de escalão mais baixo. Um artista amador entusiástico, Tayler esboçou e pintou paisagens, cenas do cotidiano e trajes da corte, de militares e do dia a dia dos indianos de diferentes classes sociais. 

Em 1881 e 1882, Tayler publicou uma autobiografia em dois volumes, Trinta e oito anos na Índia, ilustrada com 100 de seus desenhos, como a aquarela que aparece no topo dessa postagem, onde ele representou um xeique armado e trajado de maneira esplêndida com barba e bigode ao vento normalmente usados durante a Índia britânica. 

Essa e as demais pinturas desta postagem fazem parte da Coleção Militar Anne S.K. Brown da Biblioteca da Universidade de Brown. Elas pertence a uma coleção de 18 pinturas de temas indianos de Tayler datadas por volta de 1842 a 1845.

Como toda visão de fora, estas imagens carregam os sentidos daquele que chega, observa e "recorta" a paisagem que representa (o estranhamento como diriam os antropólogos). Não podemos esquecer que isso comporta sempre um conjunto de preconceitos, em menor ou maior grau, neste caso de um inglês - o dominante vendo seus dominados.


Sobre o rio Ganges - "Navio à espera"



A pintura mostra um barco a vapor sendo carregado para sua partida. Barcos a vapor cruzavam todo o Ganges, entre Calcutá (Kolkata, atualmente) e para além de Allahabad, até serem superados por estradas de ferro no meio do século XIX. 


Arrah Shahabad - "O jovem príncipe"



Essa aquarela mostra o rajá ricamente trajado de Arrah, a sede de Shahabad, um distrito da Índia Britânica na região de Patna de Bihar e Orissa. 


Bengala. Burdwan - "O rajá de Burdwan"



Este era provavelmente Mahtab Chand, que nasceu em 1820 e foi rajá de 1832 até sua morte, em 1879. Ele foi considerado pelos britânicos como um governante iluminado e fiel. 

Pundorah. Bengala - "A torre de Mahomed perto de Hugli"


Nessa imagem, ele representou a passagem de um carro de boi próximo a Hugli, um local de comércio importante antes da ascensão de Calcutá (Kolkata, atualmente). 

Behar - "Sampoories ou encantadores de cobras"


Essa aquarela representa uma cena gótica de encantadores de cobras, também chamados de sampuries ou sampoories em uma floresta com ruínas pitorescas no distrito de Patna em Bijar (chamado de Behar por Tayler). 

A História da Ásia Antiga
 Meredith MacArdle
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* Descrições adaptadas das que constam no site da Biblioteca Mundial Digital, de onde também provém as imagens (algumas foram igualmente adaptadas em tamanho e forma à essa postagem, sem alterar seu conteúdo original).

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4 Comentários

  1. apesar das iformaçoes estarem bem resumidas, pode-se ver as características histórica desta cultural desse povo.

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  2. NOSSA!!!NUNCA VI NADA IGUAL!!!ÀS MÃOS DE QUEM QUISER,GRATUITAMENTE!!!ADOREI!!!PARABÉNS!OBRIGADO.Neusa.

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