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História oriental através da arte (parte 03) - "guerreiros" e "samurais"




Seguindo nossa série sobre arte oriental e encerrando a história do Japão, as imagens escolhidas hoje mostram guerreiros e samurais, elementos marcante na cultura nipônica. Mais uma vez seguimos a trajetória a partir da tradição ukiyo-e, os "retratos do mundo flutuante" do período Edo (1600-1868). 

Nas próximas postagens nos voltaremos para a história chinesa, não deixem de acompanhar!



Os Atores Ichikawa Raizō no Papel de Umeōmaru e Nakajima Mihoemon no Papel de Shihei
(entre 1761 d.C. e 1772 d.C.)
Artista: Shigemasa, Kitao (1739-1819)


O criador da gravura não é conhecido ao certo, mas é atribuída a Kitao Shigemasa (1739-1819), um artista auto-didata de ukiyo-e e um ilustrador de livros, que experimentou as técnicas emergentes de gravura colorida. 

Esta gravura é um benizuri-e (gravura em duas cores) de hosoban (formato estreito), uma forma antiga de pintura de gravura que muitas vezes limitava sua paleta a rosa e verde. Hosoban era o tamanho padrão para imagens de atores no século XVIII. Os atores de Kabuki nessa gravura estão congelados em um momento dramático da cena, kuruma-biki (quebra da carruagem), em que um jovem heroico, Umeomaru, confronta vigorosamente Shihei, o inimigo que condenou seu pai a ser desterrado do sucesso político.

Um Samurai Bebendo Saquê
(cerca de 1850 d.C. e 1899 d.C.)
Artista: desconhecido


Este é um esboço preliminar, que pode ter sido destinado a um projeto de xilogravura. O estilo lembra o trabalho de Tsukioka Yoshitoshi (1839-1892), especialmente na representação gráfica das feridas do guerreiro. Entre outros estilos, Yoshitoshi criou uma série de gravuras conhecidas como "gravuras de sangue" por causa de seu foco no sangue. 

Ele também usou o mesmo traço nervoso de pincel para criar múltiplos contornos das suas formas. Na base da imagem está um desenho separado de uma cabeça, cuidadosamente sombreada em lavagens de vermelho e preto.

Grito da Garça
(entre 1711 d.C. e 1720 d.C.)

Artista: Okumura, Masanobu (1686-1764)




Esta gravura é de Okumura Masanobu (1686-1764) e mostra o lendário monge-guerreiro, Benkei, lutando com outro guerreiro. Benkei era o guardião do general Minamoto no Yoshitsune, e sua lealdade e força sobre-humana fizeram dele um tema popular do Kabuki e Noh (peças mascaradas). 

A gravura Benkei é um exemplo de tan-e (gravuras vermelhas), uma técnica que utiliza a combinação de tinta preta e pigmento vermelho usada antes do desenvolvimento da Nishiki-e (gravuras coloridas) em 1765. Existe a especulação não confirmada de que a gravura de Benkei tenha sido distribuída no envelope, Tsuru no hitokoe (Grito da Garça).

O Ator Ichikawa Danjūrō no Papel de Kudō Suketsune
(1781 d.C. e 1789 d.C.)

Artista: Katsukawa, Shunjō (Prosperou em 1780-1790)


Yakusha-e (retratos de atores), como este, eram baratos, custando tanto quanto um prato de macarrão. Eram considerados efêmeros e eram para ser vendidos imediatamente, como lembranças e apreciados de uma forma breve, por pouco tempo. Eles serviam para promover os atores contemporâneos de Kabuki, que eram vistos como ícones culturais. 

Esta inovadora gravura yakusha-e é de Shunjō, que prosperou na década de 1780. Ela mostra um reflexo no espelho do ator Ichikawa Danjōrō, vestido como Suketsune, um personagem da peça Kabuki Soga no Taimen (Encontro dos Soga). A obra é baseada em uma crônica da guerra popular do século XII, em que os irmãos Soga buscam vingar a morte de seu pai que foi assassinado por Suketsune. O papel de Suketsune era normalmente interpretado por um ator do mais alto escalão no teatro.

leyasu Tokugawa
(sem informações de data e artista)


Mais hábil que os seus antagonistas Nobunaga Oda e Hideyoshi Toyotomi, leyasu Tokugawa (1543- 1616) conseguiu obter o poder após a derradeira vitória na Batalha de Sekigahara em 1600. Tokugawa era mais um político, que sabia esperar, do que um guerreiro. Foi assim que ele conseguiu obter sucesso. A partir de 1603 começa o último shogunato, o do clã Tokugawa (1600-1868). Nova mudança de capital. Tokugawa preferiu a longínqua vila de Edo, mais tarde Tóquio, distante dos centros aristocráticos, na região de Kantô. 

Não queria ele repetir os erros dos shogunatos anteriores de permitir que os feudos se fortaleçam e iniciem uma nova guerra civil. Visando este objetivo, Tokugawa fortalece o shogunato, o governo centralizador, e vigia a ação de seus aliados e de antigos inimigos. Este sistema garante um período de imensa paz, que os historiadores denominam de Pax Tokugawa

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Célia Sakurai 
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* Originalmente postado em 8/mar/14.


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